terça-feira, 31 de janeiro de 2012

"Um Dia "Daqueles"

"Um Dia "Daqueles"
Todo mundo tem um dia "daqueles".

São dias miseráveis, quando você se sente um lixo, sem ânimo para nada, sozinho no mundo e literalmente "acabado".
São dias em que você se sente minúsculo, insignificante, e tudo parece fora do alcance.
Você não consegue levantar naaada.
Começar qualquer coisa parece impossível.
Em dias assim, você pode se tornar paranóico, achando que todo mundo está a fim de te pegar.
Você se sente frustrado e ansioso, com gana de roer as unhas, o que pode, num piscar de olhos, transformar-se na incontrolável compulsão de devorar um bolo de chocolate inteirinho.
Num dia "daqueles", você se sente mergulhado num oceano de tristeza.
Você fica a ponto de se derreter em lágrimas, sem ao menos saber por quê.
Você se sente como se stivesse perambulando pela vida sem propósito.
Você nem sabe quanto tempo mais dá para se segurar.
Dá até vontade de gritar:
"Vamos, acabem logo com isto!"
E nem precisa muito para começar um dia "daqueles".
Talvez você acorde sentindo que sua cara não está das melhores, descubra algumas novas rugas, que ganhou uns quilinhos a mais, ou que nasceu "aquela"espinha no nariz.
Você pode se esquecer do aniversário de sua namorada ou ver que alguém tirou sua foto com cara de bobo.
Você pode ser descartado, abandonado ou despedido, fazer papel de idiota em público, receber um apelido constrangedor, ou simplesmente levar uma "lavada" de alguém.
Talvez o seu trabalho seja um espeto...
Você pode estar sendo pressionado a preencher a vaga de outra pessoa, seu chefe pode estar de olho em você e todo mundo no escritório está te deixando doido.
Você pode acabar com uma tremenda dor de cabeça, uma hérnia de disco, mau hálito, dor de dente, gases, boca seca, ou uma maldita unha encravada!
Qualquer que seja a razão. você acaba convencido de que alguém lá em cima não vai com a sua cara...

Ai, o que fazer? O que fazeeeer?

Bom, se você é como todo mundo, pode se agarrar à crença idiota de que tudo há de dar certo no fim.
Daí, você vai passar o resto da vida olhando por cima do ombro à espera da próxima cilada que o destino está reservando para você.
Vai se tornar cínico e rabugento, ou uma vítima chorona e patética...
E a coisa vai parar por aí, até você se sentir deprimido, com vontade de deitar-se e implorar para que a terra o engula de uma vez.
Ou, o que é pior, achar que não dá mais pra tocar em frente.
Isso é uma loucura, porque só se é jovem uma vez e não se fica velho duas vezes.
Quem pode dizer quais as coisas fantásticas que estão logo ali, no virar da esquina?
Afinal de contas, o mundo está cheio de descobertas surpreendentes, coisas que você nem imagina!
Há perfumes deliciosos e apetitosas refeições a dividir!
Você pode até tornar-se fabulosamente rico e um dia até uma enorme superestrela!
Parece bom, não é?
Mas espere, tem mais!
Há reviravoltas na vida, brincadeiras, ioga, karaoquê e danças malucas, selvagens...
Mas o melhor de tudo é que há romance.
O que pode significar olhares sonhadores, besteirinhas sussurradas ao ouvido, chamegos, beijocas, mais beijocas e ainda mais beijocas, até uma ou outra mordidinha de amor.
Bom, daí, tudo pode rolar...
E o que é preciso fazer para você se sentir como se estivesse mergulhado numa deliciosa banheira de espuma?
É fácil!
Em primeiro lugar, pare de se esconder pelos cantos.
É hora de ir à luta!
Relaxe...inspire e solte o ar lentamente pela boca.
Tente meditar.
Ou saia para um passeio para refrescar a cabeça.
Aceite o fato que você vai ter de deixar para trás uma certa carga emocional...
Tente ver as coisas de outro ângulo.
Talvez um pouco da culpa seja sua. Se for esse o caso, tenha a coragem de pedir desculpas.
Nunca é tarde para isso.
Se alguém estiver pisando na bola, levante a cabeça e diga:
"Isso está errado e eu não vou engolir!"
É bom ser enérgico de vez em quando.
mas pegue leve.
Nem sempre é bom botar pra quebrar.
Orgulhe-se de ser como você é, mas nunca perca a capacidade de rir de si mesmo.
Não exite em abocanhar mais do que você pode.
Assuma riscos.
Jamais recue.
Meta as caras!
Vá em frente!
Afinal de contas, a vida não é uma loucura?
Bom, pelo menos é isso que eu acho.
Publicada por amo a poesia em Quinta-feira, Setembro 18, 2008
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Esta foto foi publicada no Jornal Extra no dia 26 de junho de 2011 junto com outras três sobre o mesmo tema na coluna: SEM PALAVRAS, uma história contada com imagens clicadas por mim. Haja coragem!!! não a minha é claro!!!

Autor Bradley Trevor Greive

— em Natividade, Jorjão da Defesa Civil fotografado por Maxileandro França LIma.
Poda das Palmeiras da praça Ferreira Rabello pelo funcionário da Defesa Civil de Natividade

Jorjão, além de um grande atleta é um homem corajoso.

Estas quatro fotos foram publicadas no Jornal Extra na coluna: SEM PALAVRAS

Que tal narrar a sua história?
 

domingo, 29 de janeiro de 2012

O DONO - SHMUEL LEMLE

PARA UMA BREVE E IMPORTANTE REFLEXÃO

Nossa vida é uma luta constante contra o nosso ego. Quando atendemos a todos os desejos de nosso ego nos afastamos da verdadeira satisfação da vida. Podemos obter prazer imediato, mas em algum momento virá o preço. Para o ego, felicidade é quando todos os seus desejos são realizados. Para a alma, felicidade é quando nos aproximamos da Luz do Criador, mesmo que isto signifique enfrentar um desconforto momentâneo. O ego sempre tenta nos afastar da luz. Por exemplo, quando uma pessoa consegue fama ou sucesso, está exposta a mais Luz. Está correndo o perigo de ser dominada pela vaidade e acabar se machucando por causa disso. Como a pupila do olho que diminui quando há muita luz, quanto maior o sucesso de uma pessoa, mais ela precisa diminuir seu ego, para não ser controlada ou destruída por ele.



O JARDIM DA VIDA - PAULO COELHO


"Dai ao tolo mil inteligências, e ele não quererá senão a tua", diz o antigo provérbio árabe. Começamos a plantar o jardim da nossa vida e, quando olhamos para o lado, reparamos que o vizinho está ali, espiando. Ele é incapaz de fazer quaquer coisa, mas gosta de dar palpites sobre como semeamos nossas ações, plantamos nossos pensamentos, regamos nossas conquistas. Se dermos atenção ao que ele está dizendo, terminaremos trabalhando para ele, e o jardim de nossa vida será idéia do vizinho. Terminaremos esquecendo a terra cultivada com tanto suor, fertilizda por tantas bênçãos. Esqueceremos que cada centímetro de terra tem seus mistérios, e que só a mão paciente de um jardineiro é capaz de decifrar. Não iremos mais prestar atenção ao sol, à chuva, e às estações do ano, ficaremos apenas concentrados naquela cabeça que nos espia por cima da cerca. "O tolo que adora dar palpites sobre o nosso jardim jamais cuida de suas próprias plantas".

Fotos: Maxileandro, minha nova paixão.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A REUSABILIDADE DOS OBJETOS DE APRENDIZAGEM

A reusabilidade dos objetos de aprendizagem

 http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/quimica/0011.html

Any Bernstein
Professora associada da Fundação Cecierj

Objetos de aprendizagem    

Na internet encontramos diversos recursos digitais – sob a forma de vídeo, áudio, textos, animações – que podem ser usados, reutilizados ou referenciados durante uma aula. Essas entidades digitais podem ser vistas como matérias-primas para pequenos blocos de informação autônomos que, quando recebem aplicações específicas, formam os chamados objetos de aprendizagem (Wiley, 2000).
Qualquer material eletrônico reutilizável que facilita a construção de conhecimento poderia ser considerado um objeto de aprendizagem, seja em forma de imagem, vídeo, animação ou simulação. Originalmente os objetos de aprendizagem foram concebidos como solução eficiente para os problemas de padronização na apresentação, da mesma forma que o html formatou as páginas da web. Isso permitiria a redução de custo de desenvolvimento de conteúdo digital devido à sua reutilização sem gastos com novos investimentos no mesmo tema, beneficiando tanto professores quanto alunos no ensino presencial ou a distância.
Desde a sua criação, pesquisadores fizeram o uso de metáforas para conceituar o que seriam e qual seria o comportamento de um objeto de aprendizagem (Hodgins). Foram comparados ao Lego, num esforço de comunicar a ideia básica e de colocar de forma amigável a nova tecnologia instrucional para mais facilmente entender o que seriam esses pedaços de instrução, que podem ser montados, empilhados em uma estrutura maior e reutilizados em outras estruturas instrucionais. Qualquer bloco de Lego é combinado com outro, surgindo sempre novas composições que podem adquirir formas diferentes.

http://www.flickr.com/photos/seven13avenue/2080281038/

O paradoxo da reusabilidade

Na medida em que os objetos de aprendizagem começaram a ser produzidos e aplicados, uma das questões que surgiram foi: que tamanho um objeto de aprendizagem deveria ter para que pudesse ser reutilizado? Pacotes informacionais “grandes” ensinam melhor, mas à medida que se atribui a eles contextos específicos, sua aplicação ficará mais restrita, e eles tornam-se pouco reutilizáveis. Assim, quanto mais simples for a material bruto, mais fácil será associá-lo a um contexto e mais universal será sua aplicação. Ao mesmo tempo, quando são muito pequenos não ensinam bem – o que faz com que ninguém os reutilize.
Outra discussão sobre a reutilização dos objetos de aprendizagem passa pelo direito de criação de obras derivadas. Em que medida o conteúdo de um arquivo pode ser modificado por outra pessoa quando objetos de aprendizagem são agregados ao redor de um objetivo informacional comum, originando aulas completas, unidades, capítulos de livros? E como ficará quando esses agregados forem reunidos para compor livros, cursos, filmes ou histórias?

Objetos de aprendizagem como fontes abertas de informação

A ideia original de objetos de aprendizagem, em que conteúdos educacionais das disciplinas eram “quebrados” em pequenos trechos para que pudessem ser reutilizados em ambientes de aprendizagem diversos, levou ao conceito mais atual de “fonte educacional aberta” (open education resource). A fonte aberta foi definida pela conferência da Unesco em 2002 como “materiais que podem ser consultados e adaptados por uma comunidade”, sem fins comerciais; os exemplos são: palestras, referências, leituras, simulações, experimentos e demonstrações, assim como manuais técnicos. O conceito mais amplo abrange conteúdos curriculares e até apresentações em seminários.
Com as facilidades adicionais introduzidas pelas licenças de “programas livres”, cobertos por contratos de licenciamento em rede, o professor passou a ter acesso a recursos da internet que permitem a edição de imagem e som em animações, modelagens, simulações, visualizações tridimensionais de moléculas, que facilitam o entendimento do aluno acerca de conceitos abstratos.
Um exemplo brasileiro de construção de objetos de aprendizagem para todos os níveis educacionais é o Banco Internacional de Objetos Educacionais – uma iniciativa do MEC em parcerias com universidades que objetiva a produção e publicação na web de conteúdos digitais com acesso gratuito. Tais conteúdos associam o potencial da informática às novas abordagens pedagógicas.
No Laboratório Didático Virtual (Labvirt), uma iniciativa da Universidade de São Paulo, é possível encontrar simulações feitas pela equipe a partir de roteiros de alunos de Ensino Médio das escolas da rede pública;
Outro repositório de materiais didáticos importante é o Teca, portal de conteúdos produzidos pela Fundação Cecierj; reúne imagens, animações, vídeos, áudios com uso liberado para o público. Nesses repositórios, os interessados podem se inscrever e acessar o material didático sem custo, e o professor pode confiar que tais materiais sofrem revisão pelos pares, ou seja, não devem conter erros conceituais.
A meta que se pretende atingir disponibilizando esses conteúdos digitais para professores, instituições educacionais e alunos como fonte aberta de informação é melhorar a qualidade do material didático e facilitar o entendimento de conteúdos considerados de difícil aprendizagem por meio de livros-texto.

Objetos de aprendizagem e os direitos autorais

As licenças livres criaram um ambiente propício à concretização de projetos colaborativos em que diferentes usuários compartilham suas criações com outros e a criação intelectual coletiva desafiou os paradigmas dos direitos autorais, pondo em xeque os conceitos de autor, titularidade, edição e até mesmo de obra.
Um dos exemplos mais relevantes, criado em 2001 com base nesses preceitos, foi a Wikipédia, enciclopédia online em que é possível a qualquer internauta fazer alteração em qualquer verbete de modo a torná-lo mais preciso ou mais completo, de acordo com sua informação complementar. A Wikipédia pode ser considerada não mais uma obra coletiva, mas sim uma obra de criação intelectual colaborativa, que incentiva e que permite que o mundo globalizado trabalhe de maneira mais solidária.
Algumas vezes o professor faz uso de mídias adaptando-as ao contexto específico de uma aula; a fonte de informação é a internet, mas ele não tem o cuidado de verificar a confiabilidade dela nem de citá-la. Os alunos se impressionam com páginas bonitas, que exibem mais imagens, animações, sons. As imagens animadas exercem um fascínio semelhante ao do cinema, vídeo ou televisão. Os lugares menos atraentes visualmente costumam ser deixados para segundo plano, o que acarreta às vezes perda de informações de grande valor. É importante tomar esse cuidado, já que na internet é possível postar todo tipo de informação, e muitas vezes a forma colorida e animada escamoteia conceitos totalmente truncados que não passariam pela revisão de um especialista.
Sem a ajuda do professor, os estudantes tendem a perder-se entre tantas conexões possíveis; passam a ter dificuldade de identificar o que é uma informação confiável e de traçar relações significativas entre a informação e o assunto objeto da pesquisa. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente.
Por outro lado, a questão dos direitos autorais aplicáveis a materiais criativos baseados em outros só teve regulamentação em 2001, tanto nas artes quanto nas ciências, graças ao conjunto de regras adotadas internacionalmente, denominado Creative Commons. As suas várias modalidades de licenças regulamentam o trabalho colaborativo no qual os autores, consultados individualmente, permitem (ou não) que haja uso, reprodução ou criação de obras derivadas, desde que feitas sem fins comerciais e que lhes seja dado crédito. Surgiu, assim, a forma legítima de expandir a quantidade de obras criativas disponíveis ao público, permitindo criar outras obras sobre elas, compartilhando-as.

Inserindo tecnologia em sala de aula

Apesar da variedade de tecnologias disponíveis nos colégios das redes particulares e públicas de ensino, notamos que o professor continua escrevendo o conteúdo de suas aulas expositivas em um quadro-negro e os alunos o copiam em seus cadernos.  Para que isso se modifique, cada docente deve encontrar a forma confortável de introduzir paulatinamente as tecnologias no ensino como elemento facilitador do aprendizado.
Podemos considerar um avanço que atualmente muitas escolas da rede pública de ensino do Rio de Janeiro tenham laboratório de informática com computadores ligados à rede. Porém a utilização do laboratório de informática ou de uma sala de vídeo envolve a operação técnica dessas novas tecnologias, e um dos entraves para o professor está em dominar minimamente essas operações e as novas linguagens.
As diversas informações originadas na internet sob a forma de textos e imagens implicam o domínio do uso, a compreensão e a utilização dessas novas linguagens e uma nova maneira de empregá-las corretamente. Existem dois grandes grupos de professores: uns que se arriscam a utilizar os meios tecnológicos de imediato, mas não foram capacitados para tal; o outro grupo não utiliza os recursos disponíveis por insegurança na manipulação da aparelhagem ou do aplicativo e/ou por receio de que o uso desses recursos possa resultar, no futuro, na perda do seu emprego. O professor precisa perder o medo; ele pode fazer com o vídeo do mesmo modo que ele interfere num texto escrito, modificando-o, acrescentando novos dados, novas interpretações, contextos mais próximos do aluno.
É importante que o professor não se sinta ameaçado em seu papel de intermediar e orientar o aluno nesse processo e seja desafiado a romper as barreiras que o impedem de introduzir tecnologias na sala de aula, no seu dia a dia, diante de situações concretas em suas turmas: grande número de alunos, a quantidade e a duração das aulas semanais e a falta de apoio institucional.

Bibliografia

MORAN, J. M. Comunicação & Educação. São Paulo, ECA/Moderna, v. 2, p. 27-35, 1995.
PRENSKY, M. Digital natives, digital immigrants. On the Horizon, v. 9 (5), p. 1-6, 2001. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/9799/Prensky-Digital-Natives-Digital-Immigrants-Part1. Acesso em dezembro de 2011.
UNESCO. Unesco promotes new initiative for free educational resources at
Internet. 2002. Disponível em: http://www.unesco.org/education/news_en/080702_free_edu_ress.shtml. Acesso em dezembro de 2011.
WILEY, D. Connecting learning objects to instructional design theory: A definition, a metaphor, and a taxonomy. Digital Learning Environment, 2000.
WILEY, D. The Current State of Open Educational Resources. 2006. Disponível em: http://opencontent.org/docs/oecd-report-wiley-fall-2006.pdf. Acesso em dezembro 2011.
Publicado em 17/01/2012